Não só na vida, mas também na agilidade, quando se tem uma bagagem muito grande de conhecimento, não significa que já se sabe tudo. Na verdade, descobre-se a cada dia que passa, que ainda há muito a se aprender. Humildade e gratidão são as partes mais difíceis de se praticar, a parte técnica certamente é a mais fácil.
A experiência profissional na carreira de Agilista evidencia que o conhecimento e a prática técnica são muito mais simples de adquirir, pois basta que o indivíduo se debruce sobre os livros, lives , conteúdos digitais e estudo. E mesmo muitas pessoas não gostam de fazer isso, mas é um hábito fácil de adquirir.
O conhecimento técnico significa o conjunto de conhecimentos necessários para, por exemplo, construir uma caneta ou uma cadeira. Princípios que as pessoas aprendem facilmente.
Entretanto, quando se fala de habilidades brandas ( soft skills), habilidades de pessoas… Essa é a parte difícil, pois poucas possuem essas habilidades no mercado.
Como mencionado anteriormente, humildade e gratidão são muito difíceis de se encontrar. E, no geral, não é fácil ser uma pessoa que adquire muito conhecimento e ter humildade perante alguém que não tem experiência nenhuma, que acabou de obter sua formação e que avalia seu nível profissional pela cultura digital, na qual a experiência não conta, mas sim os números nas redes sociais.
A partir do momento que você tem muito conhecimento, é difícil saber que tem mais coisa para aprender. Alguém que tem muita experiência acaba por descobrir que o copo é muito grande e que tem muita coisa ainda para aprender.
É preciso ter muita paciência para praticar a humildade com aquelas pessoas que não têm o mesmo nível de conhecimento que você tem. Tem que ter muita paixão por aquilo que faz para que possa ensinar as pessoas que ainda não sabem tanto quanto você e não conseguem enxergar isso.
Então, é preciso ser grato por aquilo que se tem e pelo que já se conhece, pela oportunidade de adquirir cada vez mais conhecimento. É nessa hora que diferencia-se conhecimento de sabedoria, e exatamente aí que percebe-se quando se tem muito conhecimento, mas não há amadurecimento dos dois lados do cérebro. De acordo com uma metáfora popular, análises são aquelas que utilizam os dois lados do cérebro, ou seja, um lado responsável pelo conhecimento e trabalho técnico, e o outro lado responsável pelas experiências e emoções adquiridas ao longo da jornada profissional do indivíduo.
Dessa forma, desenvolveu-se também um bom líder, que sabe a importância da humildade e da gratidão, que sabe sentar em uma mesa para conversar com uma variedade de pessoas, olhar e agradecer pelas oportunidades e experiências que tem.
Um ponto importante é que, quando você vai adquirindo cada vez mais experiências dentro do universo Agile, existe um ponto no qual se descobre que apenas agilidade não é o suficiente para se destacar como Agilista. Qualquer um pode ser Agilista, Agile Coach etc, mesmo não sendo de TI ou não tendo experiência com Scrum ou com Agile. A parte mais fácil é aprender as habilidades difíceis , como já mencionado acima. Entretanto, a parte realmente difícil é desenvolver o outro lado do cérebro, já que não há familiaridade no autodesenvolvimento, porque, em geral, as formações das pessoas são limitantes. Não importa onde foi feita essa formação. O que importa, na verdade, são os assuntos que foram envolvidos e a forma como foram envolvidos, pois a incapacidade de enxergar mais longe e a longo prazo, resulta em pessoas bitoladas, e pessoas bitoladas não enxergam oportunidades e nem se desenvolvem por completo.
Um bom profissional se destaca quando enxerga as coisas por uma visão mais ampla, então é importante praticar humildade e gratidão, pois chega um determinado ponto no qual já se obteve muito conhecimento, mas não há mais evolução pessoal, e então é fundamental passar a desenvolver o outro lado do cérebro, como diz a referência acima. Tratar de assuntos com uma perspectiva mais ampla, ter uma visão abrangente sobre negócios e gestão empresarial, formar e gerar líderes, etc, fará com que o profissional se destaque.
Apesar de fundamental nos dias atuais e de acelerar o processo de diversas áreas profissionais, a digitalização não acelera um dos pontos fundamentais na carreira de um Agilista: a experiência. Essa ocorre somente com o tempo e com a prática. A experiência não acontece pelas redes sociais, acontece conforme a bagagem que se vai adquirindo ao longo da vida.
Então, o Agilista excepcional é o profissional que vai para as empresas levar a agilidade, ficar no front , na trincheira e não aquele que precisa estar o tempo todo em rede social se autopromovendo. As mídias sociais são importantes, principalmente para divulgação de material e conteúdo, porém não devem ser o principal estímulo ou foco do Agilista.
A experiência de um Agilista começa, geralmente, com aspectos técnicos, mas somente isso não faz com que o profissional chegue muito longe, pois os dois lados do cérebro não foram desenvolvidos. Mesmo com bons retornos financeiros, o Agilista que possui apenas conhecimentos técnicos, acaba estagnado e não consegue evoluir, pois não desenvolve inteligência emocional.
O Agilista tem que saber falar a linguagem do negócio. Tem que ser alguém que sente e fale com o investidor, com o CEO da empresa. Precisa saber falar de gestão estratégica, gestão financeira e levar agilidade para dentro dessa realidade empresarial. E aí sim o bom resultado profissional a se destacar e ser requisitado pelo mercado.
Em resumo, para ir ‘além’, o Agilista precisa desenvolver a Inteligência Emocional, desenvolver o outro lado do cérebro e praticar a humildade e a gratidão. Sem essas qualidades, é difícil para qualquer pessoa evoluir e se destacar.
Conhecimento é uma coisa e sabedoria é outra. As empresas, hoje em dia, precisam de Agilistas seguros, não precisam de Agilistas cheios de conhecimento. Um Agilista experiente é um Agilista sábio.
A Massimus é uma empresa que promove o desenvolvimento não só da inteligência técnica, mas também da inteligência emocional, formando profissionais prontos para atender às demandas do mercado e das empresas que precisam de transformação.
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