O que é PMBOK e como ele atua na gestão de projetos?

O PMBOK é um guia desenvolvido para sistematizar e divulgar as melhores práticas no gerenciamento de projetos. PMBOK é a sigla em inglês para Project Management Body of Knowledge, que em português pode ser traduzido como Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos.

Elaborado pelo PMI – Project Management Institute, uma das maiores associações para profissionais de gerenciamento de projetos do mundo, e que oferece treinamentos, formações e certificações de padrão global, o PMBOK está atualmente em sua 6ª edição.

A primeira edição do Guia foi lançada em 1996, e de lá para cá, geralmente, as atualizações são lançadas de 4 em 4 anos. A última edição, a de número 6, foi lançada em 2017.

Como o Guia PMBOk propõe-se a oferecer uma visão ampla sobre o gerenciamento de projetos, ele identifica e classifica técnicas, ferramentas, áreas de conhecimento e processos. Ele, no entanto, não é uma metodologia, ou seja, não é prescritivo, mas sim um compilado das melhores práticas e experiências do gerenciamento de projetos em nível global.

Estrutura do PMBOK

Os três primeiros capítulos dizem respeito ao gerenciamento de projetos de forma ampla, com a definição de conceitos, elementos, estruturas organizacionais e sobre o gerente de processos e as competências que dele se espera.

Nos capítulos seguintes, do quarto para frente, é que são descritos e apresentados, em detalhes, os processos e como eles interagem entre si.

 O Guia PMBOK está estruturado em 10 áreas do conhecimento, a saber:

  • Gerenciamento da Integração
  • Gerenciamento do escopo
  • Gerenciamento do cronograma
  • Gerenciamento dos custos
  • Gerenciamento da qualidade
  • Gerenciamento dos recursos
  • Gerenciamento da comunicação
  • Gerenciamento dos riscos
  • Gerenciamento das aquisições
  • Gerenciamento das partes interessadas

Além das 10 áreas de conhecimento, há também 5 grupos de processos, que são os seguintes:

  • Iniciação
  • Planejamento
  • Execução
  • Monitoramento e controle
  • Encerramento.

Cada um desses grupos de processos prevê o emprego e gerenciamento de determinadas áreas do conhecimento. Por exemplo, dentro do grupo iniciação são trabalhados processos referentes às áreas de conhecimento “gerenciamento da integração” e “gerenciamento das partes interessadas”

A 6ª edição do PMBOK traz, ao todo, 49 processos. Esses processos, por sua vez, podem ser compreendidos por meio de fluxos que sucedem uns aos outros ou, em algumas fases do projeto, ocorrem simultaneamente.

A grande vantagem do PMBOK é oferecer uma base comum de compreensão das fases para todos os envolvidos no projeto. Ou seja, todos os envolvidos compreendem o que precisam fazer para a estruturação do projeto. 

A dinâmica e fluxo dos processos

O primeiro grupo de processos é a iniciação. Nele, desenvolve-se o Termo de Abertura do Projeto (integração) e delimita-se as partes interessadas, os stakeholders indispensáveis à consecução do projeto (partes interessadas).

A fase seguinte é a do grupo de processos do planejamento. Aqui, o gerenciamento do escopo, do cronograma, dos custos, dos recursos, da qualidade e da integração são colocados em prática, dando corpo para a fase seguinte do projeto, que é a execução.

Agora que o projeto está planejado é, portanto, hora de colocá-lo em prática. Antes de mais nada, vale dizer que é aqui também que os grupos de processos relacionados ao monitoramento e controle também ocorrem. Ou seja, ao mesmo tempo em que executo, também analiso o que estou fazendo. É um processo contínuo.

Além do gerenciamento da execução do projeto propriamente dita, é também aqui que será gerenciado o conhecimento do projeto, ou seja, garantir que as lições sejam aprendidas. É nesta etapa que a qualidade, riscos e a comunicação são gerenciados, os recursos humanos e materiais são adquiridos etc.

Por fim, segue-se para o encerramento do projeto ou da fase, analisando-se os dados obtidos e comparando as entradas com as saídas do projeto.

Métodos ágeis no PMBOK?

O Guia PMBOK, como vimos, traz uma série de processos concomitantes e encadeados, que se sucedem em fases. Ele é, portanto, considerado por muitos um guia para projetos em cascata, em que primeiro se planeja, depois se executa e monitora e, somente no final, entrega-se algo com valor.

A 6ª edição, no entanto, tem como um de suas principais novidades a inserção de ferramentas específicas dos métodos ágeis em cada uma das áreas do conhecimento. Há em cada capítulo uma seção com Considerações para Ambientes Ágeis/Adaptativos, que mostra como as abordagens “tradicionais” e ágeis podem se complementar.

Há também diversas outras alterações nesta última edição. Dentre elas, podemos citar que: os 3 primeiros capítulos foram reescritos, houve uma expansão da descrição dos tipos de estruturas organizacionais, mudanças nos nomes de 2 áreas de conhecimento, inclusão de novos processos, remoção e alteração de outros. Um resumo das alterações pode ser visualizado aqui, em um vídeo da própria PMI (está em inglês).

Um curso que explora a convergência entre o Scrum e o PMBOK

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  • Modelo Tradicional vs Agile: Comparando os dois mundos, entendendo as opções.
  • Modelo APM: Fases e artefatos, entendendo as fases de um projeto e seus aspectos. 
  • Gestão de risco: Como ir além da gestão de risco tradicional.
  • Gestão de custo Real vs estimado:  Como fazer acompanhamento e controle de budget do projeto por sprint.
  • Gestão de stakeholders: sprint Release, Gerenciamento de contratos por sprint e por Release.
  • Gestão de tempo: Sprint Burndown, visão do produto, acordos de trabalho, elevator speech, road map e muito mais.

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